
É o Mar que nos chama, cantou Fausto Bordalo Dias, falecido este ano, e quase poderia ter sido o mote da vivência da escritora Marta Pais Oliveira e do fotógrafo Helder Luís, na sessão de apresentação do Livro Faina.
Há as personagens, que vão e vêm como as ondas, e o mar que se vê da praia, aquele limbo da terra e do mar, que a Marta contemplou até obter permissão, a muito custo, para entrar num barco de pesca. É um mar cheio de superstições, medos, que devolve pedaços de memórias e de resistência.
“É o lugar do sonho” – disse Helder Luís – e podíamos ter navegado horas nesta conversa mágica sobre o livro a Faina.
Depois de uma estreia fulgurante na ficção com Escavadoras, Marta Pais Oliveira regressou à prosa com um romance intenso e comovente que acompanha o dia a dia de um grupo de pescadores do norte do país.
Escrito com uma força narrativa singular, Faina confirma Marta Pais Oliveira como uma das vozes literárias mais originais e promissoras da sua geração.O fotógrafo Helder Luís marcou presença apresentando os seus múltiplos projetos documentais e artísticos dentro do tema da cultura marítima.
A moderação foi de Adriana Baptista e a apresentação de Olívia Marques da Silva.