O trabalho desenvolvido por Erving Goffmann, nomeadamente a sua análise dramatúrgica da interação humana, influenciou inúmeros artistas contribuindo para a estruturação das correntes de abordagem somática do movimento. “Movimento em Profundidade”, “Movimento Intuitivo” ou “Movimento Essencial” são algumas das nomenclaturas que foram surgindo para tentar descrever e analisar as estratégias pelas quais o movimento humano pode revelar e expressar uma identidade em interação social. Mary Whitehouse (1911 – 1979) bailarina e psicanalista desenvolveu uma prática somática que nomeou de “Authentic Movement” e que tem como propósito analisar os contextos corporais de movimento e como o sujeito “coreografa” o seu corpo social. Ao usar a “Imaginação em Movimento” (conceito Jungiano) é possível reconhecer padrões corporais habituais que podem interferir no movimento efetivo e expressivo. Esta técnica vê a construção da “consciência em ação” como uma abordagem composicional coreográfica/teatral, onde o ator social/performer desenvolve uma “sabedoria somática” crucial ao fazer escolhas criativas. Esta oficina combina movimento autêntico e técnicas de improvisação, como uma proposta de abordagem à análise do movimento quotidiano expressivo.
Não é necessária qualquer experiência na área da dança ou teatro.