Marcio Doctors é escritor e curador. Iniciou-se nas Artes Visuais como assistente de Mário Pedrosa, depois de regresssar do exílio pós-ditadura militar. Nos anos 80 participou do grupo Uá Moreninha e manteve, nos anos 90, uma coluna de artes visuais no Jornal O Globo (RJ). Caracterizou-se por curadorias de longa duração. Criador e curador do Espaço de Instalações Permanentes do Museu do Açude – RJ | de arte contemporânea e natureza (1994 a 2006). Curador da Casa Museu Eva Klabin RJ (1997 a 2022) onde criou e curou o Projeto Respiração. Em 2002 foi eleito pelo DEMHIST-ICOM como representante para América Latina e Caribe. Foi escolhido para ser Curador da 28ª Bienal de São Paulo (2008), que declinou por discordar dos critérios da Presidência da Bienal. Fez inúmeras exposições como curador independente: Artur Barrio / Situações Registro CCBB-RJ (1995) / Livro-objeto: A Fronteira dos Vazios: Bienal de Veneza (1993) CCBB-RJ (1994) MAM-SP (1995); As Coleções Eva e Ema Klabin (2004) (Pinacoteca de SP e Museu Nacional de Belas Artes SP); Rui Chafes (2013) MAM-RJ, entre outras. Publicou os seguintes ensaios sobre Mário Pedrosa: O adorável revolucionário gostável (Projetos temáticos /Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro); Mário Pedrosa’s Somersault (MoMA, N.Y. 2015) O desafio de Pedrosa ou a radicalidade do real (Ocupação Mário Pedrosa, Itaú Cultural. SP 2023). Publicou os seguintes livros: Projeto Respiração (Ed. Cobogó, 2012); organizou os livros A Cultura do Papel (Ed. Casa da Palavra, 1998) e Tempo dos Tempos (Ed. Zahar, 2000), entre outros. Atualmente está radicado em Portugal.
MÁRIO PEDROSA E O PÓS-NEOCONCRETO
A oficina propõe-se a criar uma reflexão sobre um momento seminal da arte contemporânea brasileira, que foi o encontro de Mário Pedrosa, o maior crítico de arte do século XX, com os artistas Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape, que rompe com o paradigma neoconcreto e desencadeia o pós-neoconcreto, cujas consequências foram o rompimento da fronteira arte/vida e seus múltiplos desdobramentos até os dias de hoje.
02/10 – 10.00h às 13.00h: Mário Pedrosa, uma revolução sensível e espiritual na arte a partir dos anos 50 no Brasil.
03/10 – 10.00h às 13.00h: Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica: o rompimento da fronteira entre arte e vida, a invenção do artista propositor e a sinalização de uma nova articulação entre as instâncias do exterior e do interior.
Inscrições para o email: cultura@sc.ipp.pt
Gratuito para estudantes
30,00 para o restante público.